sexta-feira, 3 de junho de 2011

O barato que sai fácil.





Atualmente vemos o crescente uso de drogas mais baratas como o Crack e Oxi, drogas que apesar de baixo custo com um poder devastador para o usuário. Drogas como essa viciam na primeira vez que se é usada.
Pesquisadores apontam que a venda desde produto serve como de eliminação da classe que o usa, vendo que o usuário perde completamente o rumo da vida e sua expectativa vital cai drásticamente.






O Oxi pior que o Crack 


Os primeiros relatos de consumo do oxi foram registrados no Norte do Brasil, mas, nos últimos dois meses, a droga já foi apreendida em pelo menos 13 Estados do país.


Apesar de ter sido apontada como uma nova droga pela mídia, o oxi é considerado por especialistas como uma variação mais barata e tóxica do crack, que combina a pasta base de cocaína com substâncias químicas de fácil acesso como querosene, gasolina, cal virgem ou solvente usado em construções.


Entenda as principais características do oxi e saiba o que já foi descoberto sobre os efeitos e a proliferação da droga.


Quais são os efeitos do oxi? 


A psicóloga Helena Lima afirma que a droga age no sistema nervoso, proporcionando sensações variadas, que podem ir de prazer e alívio a angústia e paranóia a depender da pessoa.


"Pela descrição dos usuários, sabemos que o oxi faz efeito entre sete e nove segundos a partir do momento em que é inalado", diz.


Uma vez no organismo, a combinação de substâncias do oxi pode causar lesões sérias da boca até os rins.


"Dizemos que o oxi é artesanal por causa da sua produção, mas, em termos bioquímicos, ele é bastante complexo e sofisticado e, por isso, muito prejudicial", diz Lima.


Na boca, o querosene ou gasolina combinados com o calor provocam ferimentos nos lábios e na mucosa bucal, danificam as papilas gustativas da língua - células responsáveis pelo reconhecimento de sabores -, causam ferimentos no esôfago e corroem os dentes.


A cal virgem na droga pode provocar fibrose pulmonar, que prejudica a captação de ar pelo pulmão.


Os químicos adicionados à droga vão para o fígado, que é o órgão responsável por metabolizá-las. No entanto, a droga sobrecarrega o fígado e compromete suas funções, como a distribuição de açúcar no organismo.



O Crack
Crack é uma droga, geralmente fumada, feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. É uma forma impura de cocaína e não um subproduto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.
A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranóia (ilusões de perseguição).
Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.
O uso de cocaína por via intravenosafoi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto à cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa— basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como, por exemplo, uma lata de alumínio furada.
Efeitos
O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.
O livro 'Overdose, do pesquisador paraibano Jair Cesar de Miranda Coelho, membro do Conselho Estadual de Entorpecentes da Paraíba (CONEN-PB), faz uma análise comparativa entre o consumo de crack na década de noventa e qual o perfil do consumidor e usuário de crack no Brasil atualmente.
A maioria das pessoas que consome bebidas alcoólicas não se torna alcoólatras. Isso também é válido para outras drogas. No caso do crack, com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira, o usuário se torna completamente viciado. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência — depressão, ansiedade e agressividade—, comum a outras drogas estimulantes.
Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por conseqüência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.
O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.

2 comentários:

  1. Grato pela citação do livro Overdose, de minha autoria. Feliz em poder participar. Um abraço.Dr Jair Cesar Miranda Coelho-

    ResponderExcluir
  2. Grato pela citação do livro Overdose, de minha autoria. Feliz em poder participar. Um abraço.Dr Jair Cesar Miranda Coelho-

    ResponderExcluir